quinta-feira, 24 de maio de 2012

Os Diferentes



Diferente não é quem o pretende ser. 

Diferente é quem foi dotado de alguns ‘mais” e de alguns “menos” em hora, momento e lugar errado, para os outros, que riem de inveja de não ser sempre mais próximo da perfeição. 

O diferente nunca é chato, mas é sempre confundido com ele por pessoas menos sensíveis e avisadas. 

Um diferente medroso, este sim acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou. 

Os diferentes muito inteligentes entendem, porque os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porquê de que agride. 

O diferente começa a sofrer cedo. Desde o 1º grau, onde todos os demais de mãos dadas, se unem para transformar o que é peculiaridade de potencial, em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em: “ – Poxa, fulano, como você é complicado”. O que é o embrião de um estilo próprio em: “ – você não está vendo como todo mundo faz?”. Tudo isto, muitas vezes, acontece com ajuda da omissão de alguns professores. 

terça-feira, 15 de maio de 2012

Eles aprendem?




Toda vez que comemoramos Pentecostes me vem em mente a pergunta que muitos fazem a nós que nos dedicamos à Catequese Especial (com pessoas com deficiência mental): “Elas aprendem?”.

No entender de muitos, eles nunca irão aprender.

Mas como descreve o texto do Ato dos Apóstolos, o povo começa a falar do que ocorrerá no dia de Pentecostes: “todos entenderam em sua própria língua”. A vinda do Espírito Santo instaura uma comunicação universal a partir da capacidade e entendimento de cada um. O Espírito quebra barreiras até então intransponíveis e dá a cada um, a capacidade de entender o que é dito, em sua própria língua.

Nossos catequizandos chegam como que numa verdadeira “Babel”. Mas não são as técnicas psicopedagógicas (que não podem ser desprezadas), que vão permitir que “cada um entenda em sua própria língua”, mas a espiritualidade do catequista colocando-se um instrumento do Espírito Santo.

Chegamos ao verdadeiro Pentecostes quando ouvimos o que nos narrou a mãe de um catequizando: Mãe e filho foram a Nova Iorque. Ao entrar com seu filho, portador da Síndrome de Down, numa igreja para fazerem uma oração, o rapaz permaneceu muito tempo ajoelhado diante do altar. Ao ser chamado pela mãe para irem embora, ele respondeu: “Mãe deixa-me conversar mais um pouquinho com quem me entende nesta terra...”

O Espírito quebra barreiras para que haja entendimento total.

Maria Luci Gameleira Curi


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Igreja se empenha na integração de deficientes visuais




Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2000, cerca de 16,6 milhões de brasileiros têm algum grau de deficiência visual e quase 150 mil se declararam cegos. 

Diante dessa realidade, a Igreja Católica tem se mostrado próxima a essas pessoas promovendo sua inclusão nas comunidades e desenvolvendo projetos para a melhora na qualidade de vida delas.

O Instituto Padre Chico, por exemplo, acompanha crianças de seis meses até nove anos. Além do ensino do método braile, as crianças têm toda formação geral dos primeiros anos escolares. Existem ainda programas de integração e mobilidade, visando a independência do deficiente visual e a orientação profissional que explore as aptidões de cada pessoa.

No campo da evangelização, há uma Catequese para as crianças católicas, mas que também é aberta a todos, explica o Bispo de Limeira e Referencial da Catequese no Regional Sul 1 da CNBB, Dom Vilson Oliveira.

— A Igreja busca oferecer uma catequese apropriada em seu conteúdo e recursos, sem reduzi-la ou simplificá-la. Procuramos fazer essa integração do deficiente visual nas comunidades para que ele seja membro participante e atuante, dando seu contributo para sua comunidade de fé, salientou o bispo.