terça-feira, 23 de julho de 2013

Jovens em defesa da vida

            Durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), todos os participantes inscritos no evento receberão um exemplar do manual “Chaves para a bioética”.
            O material foi produzido pela Fundação Jérôme Lejeune, em parceria com a Comissão Nacional da Pastoral Familiar, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Centro de Estudos Biosanitários (Espanha) e a Fundação Jérôme Lejeune (USA).
            A Fundação é uma das mais importantes em pesquisas relacionadas à trissomia 21 (Síndrome de Down) no mundo e a maior provedora de fundos para estudos sobre o assunto na França. O nome da fundação é uma homenagem ao descobridor da base genética da Síndrome de Down.
            O manual contém uma apresentação objetiva de questões de bioética atuais, embasadas sobre os fundamentos da ciência e da razão, nas quais a fé da Igreja vem dar todo o seu sentido.
            “O manual proporciona uma formação de base de quando a vida começa, quando termina. Trata também da fecundação assistida. Se não é melhor uma criança nascer do amor entre um homem e uma mulher. Em suma, são dadas razões científicas por parte de médicos e biólogos para dialogar com o mundo sobre essas questões”, disse o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom João Carlos Petrini.
            Serão distribuídos exemplares em português, francês, espanhol e inglês, sendo 900 mil só em português. “Por graça de Deus conseguimos produzir dois milhões de exemplares, que poderão cobrir uma bela fatia dos jovens presentes no evento”, afirmou Dom Petrini.
            Logo no sumário da publicação, uma mensagem da presidente da Fundação Jérôme Lejeune lembra do chamamento de Bento XVI, que “nos envia a anunciar a verdade a nossos irmãos e irmãs em humanidade com as próprias palavras do Cristo: “Ide e fazei discípulos em todas as nações”” (Mt 28,19).
            “Conseguimos ter em mãos um manual destinado aos jovens, com uma linguagem bastante acessível, que é uma oportunidade para abordar questões tão delicadas e complexas a respeito da vida”, afirmou o presidente da Episcopal Pastoral para a Vida e a Família.
Fonte: CNBB

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Símbolos da JMJ visitam o Instituto Nacional de Educação de Surdos

Iniciando o sétimo dia da peregrinação dos Símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – Cruz e Ícone de Nossa Senhora – pela cidade do Rio de Janeiro, o Setor Pré-Jornada do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013 conduziu as relíquias deixadas pelo Beato João Paulo II até o Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES), em Laranjeiras, confirmando a proposta da Jornada de uma vida mais igualitária e inclusiva.
Reunindo direção e funcionários do INES, alunos, familiares e diversos portadores de necessidades especiais – cadeirantes e deficientes auditivos e visuais – vindos de toda a Arquidiocese do Rio, a celebração contou com a presença do Diretor Executivo do Setor Pré-Jornada, Padre Jefferson Merighetti, da Diretora Geral do Instituto Nacional de Educação dos Surdos, Solange Rocha, do Assistente Eclesiástico da Pastoral da Pessoa com Deficiência, Padre Roberto dos Santos, do Assessor Eclesiástico da Pastoral dos Surdos, Diácono José Ferreira, e do Secretário Nacional da Pastoral da Pessoa com Deficiência, César Bacchin.
— Estudei aqui e estou muito feliz de voltar ao INES trazendo os Símbolos da Jornada Mundial da Juventude. Hoje também é um dia marcante para mim, pois estou tendo a oportunidade de retribuir um pouco da preciosidade que recebi dos surdos, enquanto estudava aqui, que marcou a minha vida para sempre, assim como Jesus quer marcar a nossa vida com seu amor e sua beleza. Este momento é único e feliz em nossa vida, e todos nós somos purificados pelo sangue precioso de Jesus... Com essa graça não há deficiências, mas almas que se elevam, almas que se encontrão pelo poder de Deus, disse Padre Jefferson Merighetti.
Muito emocionada, a Diretora Geral do Instituto Nacional de Educação dos Surdos, Solange Rocha, falou sobre a experiência de acolher a Cruz e do Ícone de Nossa Senhora no INES.
— É com muita alegria e emoção que nós recebemos estes Símbolos tão importantes, generosos, antigos e, ao mesmo tempo, tão atuais em nossa instituição. O INES é um território da comunidade surda brasileira, da comunidade cristã surda brasileira, e este momento é uma oportunidade única de pensarmos a educação dos surdos. O Instituto também é uma obra cristã porque é uma obra onde existe o amor... Todos que passaram por aqui construíram este território com muito amor ao próximo e tudo isso simboliza a JMJ, que faz com que os jovens renovem a sua fé crendo na esperança e num mundo mais igualitário, num mundo melhor. Esta peregrinação com a Cruz e o Ícone da Jornada Mundial da Juventude é mais um marco na história desta instituição, afirmou.  
A Diretora do INES destacou ainda a importância e agradeceu aos organizadores da JMJ Rio2013 por estarem abertos a pessoa com deficiência durante os dias da Jornada – de 23 a 28 de julho.
— É uma coisa maravilhosa essa inserção do outro que também é cristão, que reza e que tem fé durante as atividades da JMJ Rio2013. Eles poderão participar da Jornada Mundial da Juventude entendendo e compreendendo com as suas diferenças, seja quais diferenças forem, sendo esta inclusão muito boa para todos. A Missa toda rezada em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é uma maravilha e é muito bom sabermos que temos esta comunidade dos surdos e a Pastoral da Pessoa com Deficiência participando, pois todas essas iniciativas são do bem, ressaltou Solange.
Do Instituto Nacional de Educação dos Surdos o cortejo com a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora seguiu para o Santuário Cristo Redentor.
Fonte: arqrio.org

terça-feira, 2 de julho de 2013

Peregrinos com deficiências terão atenção especial na Jornada

Os peregrinos com deficiência física, auditiva, visual ou intelectual terão todo o apoio e assistência para participarem das catequeses e dos Atos Centrais, tanto os de Copacabana, quanto os do Campus Fidei, sem perder nenhuma emoção da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013. Por enquanto, há 100 peregrinos brasileiros deficientes auditivos, 90 deficientes visuais, 80 com deficiência intelectual e 123 cadeirantes inscritos. Serão treinados 120 voluntários nacionais e internacionais que lidarão especificamente com essas pessoas.
De acordo com o voluntário César Bacchin, responsável pelas pessoas com deficiência, os cadeirantes que optaram por hospedagem especial no momento da inscrição ficarão em um local reservado em Andaraí, na Zona Norte do Rio.
— Além disso, haverá um transporte específico que os levará aos Atos Centrais de Copacabana e Guaratiba. Eles poderão escolher por ficar na Vigília e voltar para a hospedagem, ir só para a Missa de Envio ou ainda permanecer no local, informou Bacchin.
Os peregrinos cadeirantes, devidamente inscritos como tal, também terão espaços reservados em todos os Atos Centrais, com banheiros adaptados e voluntários treinados para assisti-los.
No Campus Fidei, haverá equipes de mecânicos que ficarão de prontidão caso haja problemas com alguma cadeira de rodas. Já os peregrinos com deficiências auditivas, visuais ou intelectuais serão alocados de acordo com seu país de origem.
— Vale ressaltar que os cadeirantes que não solicitaram hospedagem especial, mas a comum, também serão distribuídos pelo mesmo critério que os outros, disse.
Segundo a Irmã Graça, do Setor de Hospedagem, há a possibilidade de os cadeirantes que não pediram para ficar no local reservado serem alocados em casas de família.
Intérpretes Bacchin afirmou ainda que, nos locais de catequese, haverá intérpretes para auxiliar na comunicação entre os surdos e os demais, traduzindo tudo o que for informado e ensinado aos ouvintes, considerando que a linguagem de sinais também varia conforme o idioma do país.
Quanto aos cegos, serão disponibilizados cerca de 100 aparelhos de áudio-descrição, em português, com uma locução indicando o que está acontecendo em todos os Atos Centrais. Haverá ainda uma apresentação geral de cada ato, explicado do que se trata, em braile, também em língua portuguesa.
— Além disso, procuramos disponibilizar cardápios em braile nas lanchonetes dos Atos Centrais, afirmou o voluntário.
— Os que tiverem deficiência intelectual, por exemplo, deverão estar sempre acompanhados, e os voluntários necessitam ter formação para exercerem uma função assim, por isso, daremos orientações gerais de como agir, completou Becchin. Os Atos Centrais da Jornada são a Missa de abertura, Boas-Vindas ao Papa Francisco e Via-Sacra, a serem realizados em Copacabana, além da Vigília de Oração e Missa de Envio, que ocorrerão no Campus Fidei, em Guaratiba.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Crianças peruanas com deficiência física estrelam musical na JMJ

Um grupo formado por 13 crianças peruanas com deficiência física, a maioria cadeirantes, será uma das atrações do Festival da Juventude da JMJ Rio2013. Protagonizado por alunos do colégio La alegría en el Señor de Lima, Peru, o musical “Yo puedo” transmite a mensagem de esperança, superação e amor à vida.
O projeto é uma iniciativa das irmãs da congregação Servas do Plano de Deus. Elas contam que nos sete meses de ensaios muitas crianças tiveram progressos significativos na recuperação. Um dos meninos, que tinha os braços paralisados, passou a mexê-los durante os ensaios.
“Estamos muito contentes de poder apresentar esta obra na JMJ. Eu creio que é um milagre. É um milagre que a obra seja realizada por tudo que ela implica, por todo esforço exigido; é um milagre maior, no entanto, que eles possam estar na JMJ”, diz Ir. Elizabeth Sanches.
A viagem para participar do Festival da Juventude da JMJ Rio2013 será a primeira de avião das crianças. Devido aos poucos voos adaptados, eles precisarão viajar separados em diversos horários durante dois dias.
“No começo eu não me sentia tão inspirado, mas pouco a pouco fui me dando conta que podia dar muito mais. Por isso eu me inscrevi pela segunda vez para participar do musical. E quando eu entrei, surpreendi a mim mesmo por minha capacidade. Agora só tenho dois sonhos. Um é mostrar que um deficiente pode fazer muito. E o meu sonho pessoal é conhecer o Papa e mostrar também a ele o que todos deficientes podem fazer”, conta André, um dos meninos cadeirantes protagonistas do musical.
“É tão bonito como os jovens realizam seus sonhos, como dançam, como se movem, como surpreendem, que nos ensinam que não há nenhum limite para nada. Eu queria ir para a JMJ e me parece muito melhor ir assim”, diz Davi, de 17 anos que atua com os jovens deficientes no musical.