sexta-feira, 29 de julho de 2016

Papa entre as crianças doentes: a ternura faz crescer a humanidade

O Papa Francisco visitou, na tarde desta sexta-feira, 29 de julho, o Hospital Pediátrico Universitário (UCH) de Prokocim, em Cracóvia.
É o maior hospital pediátrico do sul da Polônia que a cada ano cura cerca de 200 mil crianças. A sua construção iniciou sob os auspícios da diáspora polonesa nos Estados Unidos, e mais tarde o seu funcionamento contou com a ajuda financeira do governo estadunidense. Está na vanguarda nas operações de separação de gêmeos siameses, nos tratamentos de queimaduras e problemas cardíacos em crianças. 
Este hospital foi visitado, em 13 de agosto de 1991, por São João Paulo II. Na capela do edifício estão conservadas algumas relíquias do santo, há adoração perpétua do Santíssimo Sacramento, e se celebra a missa cotidiana para as crianças, seus país, os funcionários do hospital e os estudantes de medicina. O cuidado pastoral e a capelania estão aos cuidados dos Padres Dehonianos. 
O Papa Francisco foi acolhido pela primeira-ministra polonesa, Beata Szydło, e por cinquenta crianças doentes com os seus pais. O Santo Padre saudou um por um, e os acariciou. Recebeu como presente alguns desenhos e depois foi visitar outras crianças nas repartições de emergência. 
Segue, na íntegra, a saudação do Papa Francisco em sua visita ao Hospital Pediátrico de Prokocim.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Ação inclusiva da Pastoral dos Surdos

Já faz 20 anos que a Pastoral dos Surdos funciona na Basílica do Imaculado Coração de Maria, no Méier, respeitando a identidade e a cultura das pessoas com deficiências auditivas e valorizando a vida e todas as suas potencialidades. Atualmente, o grupo é frequentado por 34 pessoas surdas.
Confiada aos padres claretianos, a paróquia é uma das sete na cidade do Rio de Janeiro que conta com a presença de intérpretes de Libras, (Língua Brasileira de Sinais), utilizada como instrumento e mediação do diálogo com os outros e com Deus.
Além de possibilitar aos surdos um espaço dentro da comunidade paroquial para o testemunho de vida cristã e o engajamento nos diversos serviços e ministérios, o trabalho pastoral busca eliminar o preconceito, o individualismo e a discriminação, presente ainda hoje nas famílias, nas escolas e no mundo do trabalho.
Margareth Maria Lessa Gonçalves, intérprete da paróquia, contou que a Pastoral dos Surdos nasceu a partir da vontade de um grupo de surdos de participar da paróquia. “Um grupo de surdos veio à paróquia perguntar se haveria alguém disposto a aprender e ensinar a língua de sinais para que eles pudessem participar das celebrações da Basílica do Imaculado Coração de Maria. O pároco, na época, concordou e o trabalho foi iniciado”.
A pastoral busca integrar o surdo com a Igreja, permitindo o contato com a fé  católica, na vivência de espiritualidade de proximidade e misericórdia. São ações que visam uma vida em comunidade, sem preconceito, exclusão e individualismo. A tarefa principal da pastoral é a promoção humana através do anúncio de Jesus Cristo.

Segundo a intérprete, conforme o tempo passa, os surdos vão entendendo as celebrações e passam interagir de forma prática. Isto é também um dos objetivos do trabalho realizado na paróquia. “Procuramos formar pessoas capazes de catequizar e dirigir celebrações, superando as dependências de cada um”, afirmou.
A paróquia também dispõe de uma oficina para pessoas que queiram aprender o universo da Língua Brasileira de Sinais. “É um espaço aberto para moradores do bairro que querem aprender um pouco desta cultura e ajudar no trabalho”, explicou Margareth, que percebe esta ação como uma forma de multiplicar a questão da acessibilidade.
Margareth enxerga na existência da pastoral a importância da prática da fraternidade, da igualdade e da vivência do amor de Deus. “Somos todos filhos de Deus, e nas pastorais vemos isso. Filhos de um Deus que ama a todos de forma igual. É essa acessibilidade, de que todos os filhos de Deus possam vir à casa do Pai”, concluiu.
Referência em trabalho social, a comunidade da Basílica do Imaculado Coração de Maria participou da Peregrinação da Pastoral da Pessoa com Deficiência (Pasped) à Porta Santa na Catedral de São Sebastião, no dia 11 de junho, e na semana seguinte foi para Londrina participar do Encontro das Obras Sociais dos Claretianos no Brasil, junto com o pároco Júlio Cesar Melo Miranda.

Fonte: Jornal Testemunho de Fé, página 8

domingo, 17 de julho de 2016

Festas Julinas

Festas Julinas dos Vicariatos Suburbano, Jacarepaguá e Leopoldina na Paróquia Cristo Rei em Vaz Lobo. E Vicariato Santa Cruz na Paróquia de Sant'Ana em Campo Grande. 

terça-feira, 12 de julho de 2016

Deficientes e Paralimpíadas

D. Orani João Tempesta
Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro

De 7 a 28 de setembro próximo teremos a oportunidade de assistir aqui no Brasil os Jogos Paralímpicos. Acredito que será uma ótima oportunidade de trabalhar a importância da dignidade da pessoa deficiente e que supera seus limites e nos dá exemplos de combate e transformação. Será educativo para as famílias levarem seus filhos para assistir a esses jogos que, tenho certeza, mudarão muitos conceitos no coração e na mente de nosso povo.
Na Igreja tivemos também o Jubileu das Pessoas Deficientes. E, em geral, em todas as audiências, celebrações e visita do Papa ele sempre encontra as pessoas deficientes, demonstrando assim a consideração da Igreja pela inclusão desses nossos irmãos e irmãs.
Este Jubileu aconteceu em Roma entre 6 a 12 de junho e esses dias foram marcados com alguns eventos. O Vaticano fez deste Jubileu de Pessoas Deficientes o ponto forte da metade do Ano da Misericórdia, que o Papa Francisco iniciou em dezembro, lembrando a importância do respeito a todos e, em especial, também pelos doentes no ensino da fé cristã e no compromisso da Igreja.
No domingo, 12 de junho, na Missa na Praça de São Pedro, o Papa afirmou o valor de “amar apesar de tudo”. O Santo Padre sublinhou o fato de tantas pessoas com deficiência e enfermas se reabrirem à vida logo que descobrem que são amadas.  
Segundo o Santo Padre, muitas vezes a atitude humana é a de confiar apenas nas descobertas da ciência, considerando que no pensar de muitos seria “impossível ser feliz uma pessoa enferma ou deficiente, porque incapaz de realizar o estilo de vida imposto pela cultura do prazer e da diversão”. No entanto – realçou o Papa – “é grande a ilusão em que vive o homem de hoje, quando fecha os olhos à enfermidade e à deficiência! Não compreende o verdadeiro sentido da vida, que inclui também a aceitação do sofrimento e da limitação” – disse o Papa, salientando que “o mundo não se torna melhor quando se compõe apenas de pessoas que se acham aparentemente “perfeitas”, mas quando crescem a solidariedade, a mútua aceitação e o respeito entre os seres humanos”.
O Papa Francisco se referiu ainda na sua homilia da missa a leitura do Evangelho que nos fala da mulher pecadora e marginalizada, que Jesus acolhe e defende “porque muito amou”. Jesus está atento às lágrimas e ao sofrimento daquela mulher: “a sua ternura é sinal do amor que Deus reserva àqueles que sofrem e são excluídos”. “Amar apesar de tudo” – sublinhou o Papa.
Portanto, devemos, é claro, olhar para cada pessoa com deficiência com o olhar do Cristo que acolhe e trata bem a todos, com o olhar e o sentimento de compaixão e do serviço. Por isso, digo: o que pudermos fazer por estes nossos irmãos façamos com alegria e com toda a boa vontade do mundo.