O diálogo sempre foi importante para o desenvolvimento das potencialidades humanas tanto no nível pessoal, como no cultural e social. Feita à imagem e semelhança de Deus, a pessoa descobre-se como ser dialogante como o é o próprio Deus.
Espiritualidade do diálogo:
- nas relações da pessoa consigo mesma: amor à verdade, desejo de conversão, humildade, capacidade de autocrítica e de perdão, despojamento, plasticidade mental, alegria, vontade de aprender...
- nas relações com o outro: caridade, paciência, fraternidade, ternura, superação de preconceitos, solidariedade, lealdade...
- nas relações com Deus: descoberta da presença de Deus, compromisso com o Reino, oração, confiança na ação do Espírito Santo, vida sacramental, espírito de fé, esperança inabalável, amor incondicional.
Nunca estamos prontos e acabados. Conversão deve ser atitude constante do cristão e o outro nos ajuda a ver onde precisamos crescer. Diálogo na catequese não é só uma questão metodológica, ela deriva de um certo modo de compreender Deus e a vida. É um especialíssimo caminho de santidade.
A missão do catequista é fazer ecoar a Palavra de Deus. Ele é sobretudo um comunicador, por isso “é necessário que a catequese estimule novas expressões do Evangelho na cultura na qual este foi implantado.”(DGC 208).
Toda a formação do catequista deve estar finalizada nesta arte da comunicação da fé, pois na ação catequética catequistas e catequizandos são sujeitos da comunicação.
Nesta comunicação, o importante não são tanto os meios de comunicação, mas os gestos interpessoais. É preciso descobrir cada vez mais a linguagem da pessoa: é a linguagem primordial.
Daí a necessidade de se exercitar na comunicação humana, afetiva e valorizar a Liturgia como um dos grandes meios de Deus comunicar-se conosco.
Neste sentido, é de suma importância o uso dos elementos culturais, particularmente simbólicos, que possam favorecer mais facilmente a partilha.
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