segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Rótulo não!


Rótulo é bom para bebidas, alimentos, coisas. Ele permite identificar e saber o que se está comprando. Mas para pessoas não.

Cada ser humano é único. Isto é fácil de perceber, mas difícil de aceitar.

Não se podem formar esteriótipos com relação ao deficiente mental (DM). Como qualquer pessoa, eles têm deficiências mas também eficiências. E são estas eficiências que não sabemos perceber, que devemos detectar e desenvolvê-las ao máximo.

Os fins da educação são os mesmos para qualquer pessoa. É necessário que se proporcione ao DM as mesmas oportunidades e o mesmo tempo que aos demais.

A antiga ideia que deveriam ser trabalhados, preponderantemente, através de meios visuais não é mais aceita. Isto não significa que devemos abandonar tais meios, mas não nos limitarmos tão somente a eles. Provou-se que excluindo tudo à respeito do pensamento abstrato, não só prejudica uma incapacidade natural, mas na realidade, consolida tal incapacidade.

Já sabemos que o cérebro é um sistema aberto, de grande plasticidade, e como tal, pode servir a novas funções. A aprendizagem é contínua e provocadora de desenvolvimento. Não podemos esperar o "amadurecimento" para oferecer o conhecimento.

O Papa João Paulo II em sua Exortação Apostólica, referindo-se ao DM, disse que ele tem o direito de conhecer, como todo batizado o mistério da fé, tendo assim um lugar no banquete do Senhor.
Maria Luci Gameleira Curi

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