terça-feira, 15 de maio de 2012

Eles aprendem?




Toda vez que comemoramos Pentecostes me vem em mente a pergunta que muitos fazem a nós que nos dedicamos à Catequese Especial (com pessoas com deficiência mental): “Elas aprendem?”.

No entender de muitos, eles nunca irão aprender.

Mas como descreve o texto do Ato dos Apóstolos, o povo começa a falar do que ocorrerá no dia de Pentecostes: “todos entenderam em sua própria língua”. A vinda do Espírito Santo instaura uma comunicação universal a partir da capacidade e entendimento de cada um. O Espírito quebra barreiras até então intransponíveis e dá a cada um, a capacidade de entender o que é dito, em sua própria língua.

Nossos catequizandos chegam como que numa verdadeira “Babel”. Mas não são as técnicas psicopedagógicas (que não podem ser desprezadas), que vão permitir que “cada um entenda em sua própria língua”, mas a espiritualidade do catequista colocando-se um instrumento do Espírito Santo.

Chegamos ao verdadeiro Pentecostes quando ouvimos o que nos narrou a mãe de um catequizando: Mãe e filho foram a Nova Iorque. Ao entrar com seu filho, portador da Síndrome de Down, numa igreja para fazerem uma oração, o rapaz permaneceu muito tempo ajoelhado diante do altar. Ao ser chamado pela mãe para irem embora, ele respondeu: “Mãe deixa-me conversar mais um pouquinho com quem me entende nesta terra...”

O Espírito quebra barreiras para que haja entendimento total.

Maria Luci Gameleira Curi


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