quarta-feira, 9 de maio de 2012

Igreja se empenha na integração de deficientes visuais




Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2000, cerca de 16,6 milhões de brasileiros têm algum grau de deficiência visual e quase 150 mil se declararam cegos. 

Diante dessa realidade, a Igreja Católica tem se mostrado próxima a essas pessoas promovendo sua inclusão nas comunidades e desenvolvendo projetos para a melhora na qualidade de vida delas.

O Instituto Padre Chico, por exemplo, acompanha crianças de seis meses até nove anos. Além do ensino do método braile, as crianças têm toda formação geral dos primeiros anos escolares. Existem ainda programas de integração e mobilidade, visando a independência do deficiente visual e a orientação profissional que explore as aptidões de cada pessoa.

No campo da evangelização, há uma Catequese para as crianças católicas, mas que também é aberta a todos, explica o Bispo de Limeira e Referencial da Catequese no Regional Sul 1 da CNBB, Dom Vilson Oliveira.

— A Igreja busca oferecer uma catequese apropriada em seu conteúdo e recursos, sem reduzi-la ou simplificá-la. Procuramos fazer essa integração do deficiente visual nas comunidades para que ele seja membro participante e atuante, dando seu contributo para sua comunidade de fé, salientou o bispo.

Dom Vilson representou o Brasil no Congresso Internacional de estudo sobre o Deficiente Visual, intitulado “Rabbúni! Que eu possa ver novamente” (Mc 10, 51), promovido pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, que aconteceu na sexta e sábado, dias 4 e 5 de maio, em Roma. Sua explanação foi realizada neste sábado, 5 de maio, sobre empenho eclesial a serviço dos deficientes visuais.

— A palestra teve o objetivo de chamar a atenção para o acompanhamento dos deficientes, e ao mesmo tempo questionar a nossa responsabilidade para a garantia de seus direitos, estando do lado deles, formando essa pessoa para a vida futura. Queremos garantir condições de vida e saúde, a efetivação das leis e o acesso às escolas. Destacamos a importância da família na vida dos deficientes visuais, o papel das organizações não governamentais e a responsabilidade de toda a sociedade, contou o Bispo.


Materiais para deficientes visuais

A Bíblia em braile é um grande volume que chega a um metro de altura se empilhada, mas os deficientes visuais podem ter acesso a esses textos e aos materiais catequéticos fazendo a solicitação à CNBB pelo e-mail: catequese@cnbb.org.br .

Dom Vilson deseja que as comunidades locais estejam abertas para o acolhimento dos deficientes visuais, a fim de que eles se sintam partes integrantes da Igreja. Para isso, são necessários mais voluntários envolvidos neste trabalho.

Fonte : Portal da Arquidiocese - Carlos Moioli

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